quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Conversa de elevador


Se você - humilde leitor desse jornal - trabalha na manutenção ou instalação de elevadores, vou te dar uma boa notícia: está sobrando oportunidades de emprego na sua área de trabalho.

Um bom lugar para pedir emprego é na agência da Caixa Econômica Federal, localizada no centro de Americana.

Há mais ou menos 6 (seis) meses, o único elevador do prédio encontra-se parado. Não sei exatamente o motivo que o faz ficar nessa situação por tanto tempo, mas acredito que o problema seja a falta de mão de obra qualificada para colocá-lo em funcionamento novamente. Difícil acreditar que os bons profissionais estejam no mercado e o banco não tenha dinheiro para contratá-los e solucionar o problema.

Caso você se interesse pela oportunidade, saiba que estará ajudando muitas pessoas. Quem freqüenta esta agência regularmente sabe que o estacionamento, localizado no subsolo, é um terrível obstáculo para alguns aposentados, mulheres grávidas ou portadores de necessidades especiais. Até existe uma escada no local, mas uma pessoa que utiliza cadeira de rodas, por exemplo, ficará “ilhado” no local caso não seja ajudado por outras pessoas.

Quem deveria resolver o problema certamente não precisa do tão “luxuoso”elevador, mas existe uma infinidade de pessoas que iriam agradecer muito por ter esse serviço a disposição. Cá entre nós, 6 meses pra arrumar um elevador é tempo demais e não existe explicação para tamanha incompetência.

Num tempo que se fala tanto em respeito aos clientes, é inadmissível que uma empresa trate os seus desta forma. Mas acredito que neste caso, “eles” não se importam com isso, afinal, quem precisa ir até a tal agência – aposentados, pensionistas e outros - não possui outra alternativa.

Solidariedade, respeito e até generosidade deveriam ser mostrados em pequenos gestos, não em árvores de Natal ou Papai Noel de plástico na decoração do interior da agência. Até porque, se o Papai Noel fosse de verdade, não conseguiria subir tantas escadas e rampas para entregar o presentinho do gerente.

Ps: Texto enviado para o Jornal O Liberal. Não foi publicado, mas serviu como pauta para uma matéria.

Um comentário:

Henrique/presunt00 disse...

tapa na cara com palavras certas.
eh nois