quarta-feira, 30 de março de 2011

Cassetete de borracha: remédio pra grevista

Eu acho lamentável um país que dá o direito dos trabalhadores de fazerem greve. Não sou contra as lutas por melhorias ou discussões por novas alternativas do bem estar social. Mas dar o direito de cruzarem os braços é demais.

Há muitos dias os servidores públicos de Americana estão em greve. Não tem coleta de lixo – quando tem o caminhão precisa estar escoltado pela polícia -, não tem atendimento nos postos de saúde e não tem aula para as crianças da rede municipal de ensino.

Tudo isso por uma desavença de 0,5%.

Não estou aqui pra defender político nenhum. Nunca faria isso. Mas em algumas situações as coisas precisam ser mais claras, porque quem sofre com isso são todas as pessoas que moram na cidade.

Pra mim, servidor público hoje em dia é sinônimo de vagabundo. É o político corrupto que não deu certo. Claro que existem as exceções, mas a grande maioria procura concursos públicos simplesmente para ter benefícios que nenhum outro trabalhador tem, além de ter estabilidade de emprego mesmo que sua produtividade seja pífia e para que em todos os feriados prolongados, eles possam emendar. Como deputados, vereadores e afins.

Ninguém quer aqui ajudar a população. Nenhum deles quer ser servidor para desenvolver um bom trabalho, melhorar as condições de todos. Todos eles querem apenas alimentar o próprio rabo.

Por isso que sou contra a greve, principalmente dessa gente. A liberdade que nos é dada serve nesses casos também. Se alguém não está satisfeito com o que ganha, que procure outro emprego, outra profissão. Mas não é o que fazem.


E eu também sei que alguns querem trabalhar, mas que o “pessoal do sindicato” não deixa. Nesse caso, cassetete de borracha serve como remédio pra esse mau. Não serve?

domingo, 27 de março de 2011

Presente centenário


Corintiano batia no peito, falava no tabu de 4 anos sem perder e que nosso time tinha virado freguês. Tudo isso é verdade, embora a tal “verdade” seja contestável no mundo do futebol.

E numa tarde que parecia como outra qualquer, todos os corintianos enfiaram o rabinho e o tabu entre as pernas e sofreram o golpe de misericórdia do antigo “freguês”.

Perderam o jogo, apelaram para a violência – seriam maus perdedores? – e sofreram o gol de número 100 do maior goleiro-artilheiro que o futebol mundial já viu.

Podem falar que ele é mala, arrogante, mascarado. Para nós, São Paulinos, o que vocês pensam pouco importa. 

O que importa é que Rogério Ceni entrou para a história do futebol mundial, marcando em cima de vocês, de falta.

Mas vocês não devem reclamar. Não devem se debater como frangas prontas para o abate, espernear como crianças mimadas. 

Para um time que não tem história fora do nosso país, Rogério Ceni acabou fazendo um grande favor para a nação de “maloqueiros”, como gostam de se auto-denominar.

Curtam o momento, afinal, vocês são merecedores de feitos como este.

Parabéns para o verdadeiro e vitorioso centenário, Rogério Ceni.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Quem precisa de polícia?


Polícia é sinônimo de segurança. Todas as pessoas acham isso, menos os policiais e os canalhas que arruaçam e roubam os habitantes da minha cidade, a "famosa" Americana.

Quem mora em aqui convive, mesmo sem saber, com uma situação curiosa. O “quartel general” da Guarda Municipal, sabe-se lá por qual motivo, é cercado literalmente por cerca elétrica.

Lá não temos prisioneiros, menores delinqüentes ou loucos que possam fugir na calada da noite. Então pra que cerca elétrica?

Seria medo?

Medo do quê? Ladrão?

Pode parecer apenas mais uma curiosidade tosca, mas é no mínimo preocupante. Se a polícia, que deveria dar segurança e servir de apoio para a população sente-se acuada e com medo, o que esperar dos simples habitantes da cidade?

Pra quem não acredita, quando passar por lá repare no alto dos muros que cercam o quartel. Ou não, caso isso possa te preocupar ainda mais. Mas depois não diga que eu não avisei.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Teta de nega

O politicamente correto acabou com boa parte da minha infância.

Hoje não se vê mais os cigarrinhos de chocolate Pan, que tanto “fumei” quando tinha meus 5, 6 anos de idade. Não posso mais comer Teta de Nega, aquele doce gostoso, que parecia mesmo uma teta e a criançada toda adorava. Deve ter inúmeros motivos para isso, mas não vale a pena citar aqui. Preferiram extinguir os doces.

E não são apenas os doces que sofreram com o politicamente correto. Muitas coisas foram impostas, viraram lei e consequentemente foram proibidas. Tudo “embasado” na teoria de preconceitos (no caso da teta da tal nega), propaganda subliminar (no caso dos cigarrinhos) e outras besteiras.
 
E eu lhe perguntou: resolveu?

Vejo tanta coisa pior acontecendo por aí que tenho uma só certeza: todas essas proibições não resolveram nada. 

E o que eu mais queria agora era “fumar” um cigarrinho Pan, comendo uma Teta de Nega. Me encaixaria perfeitamente naquele clichê erótico do homem que faz sexo e depois fuma um cigarrinho na cama. Mas seria tudo de mentira, claro.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Filme argentino

A internet veio pra mudar o mundo. Pelo menos é o que dizem por aí os “entendidos”. Nada mais é como era antigamente. As relações, os hábitos e até o trabalho faz parte dessas mudanças. Muita gente nem sabe, mas ficou desempregada por conta das mudanças que a internet causou. Trabalhos, claro, que puderam muito bem ser substituídos por um computador, ou seja, não valiam lá muita coisa.

Eu não perdi meu emprego por causa da internet, mas não é por isso que sou a favor dela.

Sou totalmente a favor da divulgação de conteúdos. E não seremos hipócritas: quase todos que usam a internet – principalmente quem é da nova geração, como o Jhonatam - baixa um milhão de arquivos, e não paga um só centavo por isso. Mas o que parece ser só uma picaretagem, pode muitas vezes ser a única solução.

Ontem fui até a locadora, que fica pertinho da minha casa, alugar o filme “O segredo dos seus olhos”. É um filme argentino, belíssimo e que ano passado ganhou Oscar de melhor filme estrangeiro. Eis que perguntando para a mocinha da locadora, descobri que além dela não possuir o filme em seu estabelecimento, ela desconhecia o título.

Eu já vi este filme. Baixei da internet um tempo atrás, e gostei bastante. Mas eu queria mostrá-lo para a Maine. Ontem eu não consegui, por causa da locadora.

Eu não sei se é desconhecimento, burrice ou o que. Mas “O segredo dos seus olhos” é um filme conhecido para quem gosta de cinema, um filme muito bom e que deveria ter qualquer locadora que se preze. Mas não, eles preferem ter um monte de baboseiras, que só ocupa espaço nas prateleiras, como filmes do Casseta & Planeta e merdas do gênero.

Não fiquei bravo por isso. Simplesmente vou fazer como em todas as outras vezes, ou seja, vou baixá-lo da internet. E por mais que eu tenha certeza que fazer isso não é certo, pra mim, tornou-se a única alternativa.

Eu quis fazer a minha parte, pagar pelo aluguel do filme – que é bem caro por sinal - e ser um cidadão dentro das leis. Não pude, mas não por culpa minha.

O que mostra que nem sempre o “certo” é a única alternativa.

E se muitas pessoas já perderam o emprego por conta da internet, ela logo logo vai tomar o lugar de muitos comércios, se é que já não tomou.

E a culpa é de quem?

Só sei que minha não é. E nunca vai ser.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Hoje foi o Japão. E amanhã?

A natureza deveria ser o nosso maior exemplo.

Exemplo a ser seguido, e não ignorado como fazemos diariamente.

Só ela é capaz de construir cenários inesquecíveis, que podem ser belos ou desoladores.

A natureza é justa, e quase sempre mostra seu lado vingativo contra nós mesmos. E o engraçado de tudo isso é que a sua força arrasta qualquer um, seja pobre ou rico, branco ou negro.

Ela é justa bem como os Homens deveriam ser.

E essa guerra ela vai continuar ganhando.

E os Homens, quando vão acordar?

terça-feira, 8 de março de 2011

Pra ser mais mulher


Hoje é dia da mulher. Como se todos os outros não fossem.

Sei que a data é importante, foi marcante numa determinada época, mas agora são outros tempos. As mulheres de hoje tem tudo nas mãos – talvez por mérito daquelas que muito sofreram no passado – pra mudar a história, fazer a diferença e deixar de lado o papel de vítima.

As condições hoje são quase iguais, com poucas diferenças. Ainda acho que falta a muitas delas um pouco de ousadia, porque inteligência e sensibilidade pra ver as coisas de uma outra maneira a grande maioria tem.

Que elas deixem de lado as bundas de espuma - vi isso numa loja e fiquei espantado – e sejam mais verdadeiras consigo mesmas.

Se o passado foi construído por homens de fibra e umas poucas mulheres valentes, o futuro pode ser escrito da mesma forma, mas com os papéis invertidos.

Basta que elas queiram, claro.

sábado, 5 de março de 2011

Roubo a banco



Quase todos os dias eu vou à algum banco. E quase todos os dias eu vejo a mesma cena.

Cena que consiste numa pessoa quase sempre de meia idade, parada do lado de fora da porta giratória, reclamando com o guarda, que está do lado de dentro, que quase sempre repete o mesmo chavão: “O senhor(a) tem algum objeto de metal?”.

E por mais que as pessoas envolvidas tenham educação, fica sempre no ar aquela insatisfação, principalmente de quem está sendo barrado do lado de fora. O guarda, que diz estar cumprindo sua função, pouco pode fazer se o aparelho denuncia a presença de metais. E quem fica de fora reclama, como quem diz ”Mas eu não sou ladrão!”.

Não vou defender os guardinhas, que como a gente bem sabe, ficam com o controle remoto na mão e de vez em quando – pra ser generoso – barram alguns mal encarados. Mas se a porta trava – e ela não vê se a pessoa é nova ou velha, preta ou branca – é porque o sujeito tem algum objeto de metal.

Será que é muito difícil deixar as chaves no carro, as moedinhas em casa, ou colocar o guarda-chuva no guarda-volume do lado de fora?

Nenhum bandido anda pela rua escrito “ladrão” na testa. E eu já vi muitos golpes que usam velhinhos inocentes – aham, sei. E vale lembrar também que ladrão que é ladrão, provavelmente morre um pouco mais cedo, mas alguns guerreiros viram exceções.

Então fica assim: da próxima vez deixem os objetos de metais em qualquer outro lugar que não seja no bolso. Vai deixar o dia de muita gente mais tranqüilo, inclusive de quem precisa esperar na fila pra entrar.

terça-feira, 1 de março de 2011

Palavras de um futuro velho

Ser velho não é estar doente.

Não sou preconceituoso e não quero aqui bancar o exterminador dos velhinhos no país. Até porque eu quero ser um deles no futuro.

Mas acho que aqui no Brasil as coisas caminham ao contrário.

Moramos num país que não tem educação, pouco a pouco vai perdendo sua cultura e que tenta nos empurrar o respeito goela abaixo, com regras ridículas.

Andando pela rua, pelo centro da cidade e pelos parques de estacionamento, notei que existem muitas vagas para “velhinhos” pararem seus carros. Em alguns lugares, existem mais vagas do que velhos, o que me deixa irritado.

Não! Eu não sou daquele tipo que para no lugar dos velhinhos, ou na vaga dos deficientes físicos e sai do carro mancando pra dar um “migué”. Respeito essas regras, mas não concordo. Estou no meu direito.

A gente precisa parar de achar que ser velho é estar doente. Que velho não pode fazer nada além de jogar dominó ou tricotar. Ser velho é normal, apenas uma fase da vida (ou a última dela).

Pra respeitar alguém – e aqui não importa se é velho ou novo – você não precisa lamber o saco da pessoa, tratá-la como alguém inferior. Você pode dar o lugar para o velhinho no ônibus, mas o velho que dirige seu carro pode muito bem andar 10 metros pra chegar ao seu destino.

Quem está em fase terminal, ou não anda bem das pernas não fica por ai dirigindo, e isso não é só para os velhos. Quem está na rua, quem está no trânsito dirigindo pode muito bem dar seus passinhos. Pra quem é velho é melhor ainda – caso não seja cardíaco – porque vai acabar fazendo uma caminhada.

Chega dessa coisa de tratar velho como doente. Se eu fosse velho hoje ficaria muito puto com tudo isso. E como protesto jamais pararia nessas vagas ridículas.

O verdadeiro respeito vai muito além de cortesia e facilidades.

Ou vai?