sábado, 9 de julho de 2011

Festival de cinema de Paulínia: eu fui! (mas não entrei)


Em 10 notinhas, tudo sobre o Festival de Cinema de Paulínia, que foi nota 0.

1) Saímos cedo de casa, como dizem os especialistas. A sessão estava marcada para as 21hs, mas acho que muita gente pensou ainda mais rápido do que eu. Às 20h05, a fila já era kilométrica, dessas que desanima até brasileiro que não desiste nunca.

2) Vão dizer que foi um sucesso. Vão dizer que as sessões lotaram e todo esse blá blá blá. Não deixa de ser verdade, mas ocorreu que quem chegou cedo e entrou, não saiu mais. Ou seja, se o teatro tem lugar para 1500 pessoas, elas entraram e não saíram antes do fim da última sessão. Quem chegou depois, perdeu tudo. Quem chegou antes, assistiu tudo sem nem precisar levantar o bumbum da cadeira.

3) Sobre o frio de sexta-feira à noite eu nem preciso comentar muito. Até embaixo do cobertor a situação estava crítica.

4) O filme que eu queria ver tinha se chamava de "O Palhaço", do Sélton Melo. Depois de chegar, ver o tamanho da fila - que não andava - e passar tanto frio, eu e a Maine concordamos que os palhaços éramos nós.

5) Já é foda ficar na fila - embora tenha gente que goste -, mas fazer "amizade" com pessoas escrotas e mentirosas nesses lugares é ainda mais desanimador. A pior de todas foi que num único evento naquele lugar em que acontecia o festival, no carnaval, roubaram 600 veículos de uma só vez. Haja ladrão.

6) Só pra estacionar meu velho e bom carro paguei R$25,00 - quase o preço dele. Só depois que paguei que fui entender o porquê do evento ser "de graça". O bom é que como eu fui lá atoa, não assisti nada, devolveram minha grana. Dos males o menor.

7) Depois de passar frio, raiva e escutar mentira, perdí o carro no estacionamento. Se em shopping já fica difícil a localização, imagine num descampado desconhecido.

8) Não sei se eu sou relaxado demais, ou se sou autêntico. Ando sempre do mesmo jeito - tipo tênis velho, calça jeans, camiseta e blusa de moleton -, mas tem gente que se produz demais. Não sabia que em festivais de cinema ou literatura a barba era item indispensável, além de chapéu e óculos com armação grossa. Já as garotas, mesmo estando frio do caralho, não deixam de ir com seus vestidinhos minúsculos pra mostrar seus dotes. Ainda vão me dar um bom motivo pra se vestirem assim.

9) São eventos assim que me motivam cada vez mais a baixar filmes na internet - Filmescomlegenda.net está aí pra isso. Quando cobram, cobram caro. Quando é de graça, "a parada" só acontece pra quem é influente. Então foda-se também.

10) Selton Melo passou do meu lado e fez que não conhecia. Sucesso subiu a cabeça. Canalha!

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